quinta-feira, 16 de julho de 2015

Por que sofremos?

O sofrimento existe desde que o homem tornou-se consciente de sua condição pensante, o homo sapien. Antes, o homem assemelháva-se a um animal, perdido num abismo inconsciente de ignorância. O fruto proibido simboliza a primeira evolução da mente humana. O Deus Altíssimo não teria sido justo se não desse ao homem, além da capacidade de escolha, opções reais para estas escolhas. O fruto nada mais é que a capacidade de discernimento, de avaliação, de conhecimento e autocrítica. O homem agora estava pronto para o próximo passo: A experiência através da vivência. O dom de escolher o que se quer deve, obrigatoriamente, trazer suas consequências. Caso contrário a experiência não tem valor.
O homem foi criado para evoluir. Sofrimento é o início da evolução. Sair da zona de conforto não é fácil para ninguém, mas é a possibilidade de se tornar mais forte, e apto para os próximos obstáculos. A medida que avançamos para nossa meta não se diminue a dor. Pelo contrário, mais íngreme e estreito se torna o caminho, ao mesmo tempo que estamos mais preparados. O próprio caminho se encarregou de nos fortalecer, basta não desistirmos.
A evolução é um caminho vertical, que leva nosso espírito de volta para o Pai. Entregar-se ao sofrimento é parar de evoluir, estagnar-se. O sofrimento precisa ser visto como uma oportunidade. Oportunidade de mudar, de se transformar, de evoluir, de se tornar maior, mais forte. Segundo o Cristo, o sofrimento é uma oportunidade de se manifestar a obra do Pai. Quando vencemos este obstáculo nossa alma sobe um degrau na escada ceslestial. Verdadeiramente o sofrimento nos aproxima de Deus, mas só quando usamos este sofrimento para seguir a diante. Realmente, é mais fácil falar do que sentir na prática. É por isso que é um caminho difícil, estreito e para poucos. Porém quanto mais nos conscientizarmos de que somos capazes de vencer mais irmãos estarão ao nosso lado nesta etapa evolutiva. O sofrimento condensa a alma, são obstáculos que barram nosso avanço, mas que não devem nos impedir, pois como disse Cristo (Jo 14:12): “Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai.” E este é o segredo: ter convicção, esperança e fé, pois "tudo posso naquele que me fortalece". Não se deixe abater no vale das sombras e da morte, enquanto houver fôlego em nossos pulmões ainda não acabou. Comemos daquele fruto para sermos responsáveis por nós mesmos, por nossas ações, e o próprio Pai depositou sua Fé em nós, pois nos mostrou o caminho para voltarmos a Ele.
Fé, Esperança e Amor são as forças que precisamos para superarmos os obstáculos e evoluirmos, em espírito, rumo ao Pai.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Pai Nosso - Das Trevas Para a Luz

1 João 3:10: “Nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo: todo aquele que não pratica justiça não procede de Deus, nem aquele que não ama a seu irmão.”

Esta é a escolha que nos acompanha desde o início das eras: o Bem ou o Mal. No princípio só existia as Trevas, e o Caos reinava. O Deus Altíssimo pôs equilíbrio nas energias cósmicas criando e libertando a Luz. Esta era boa, e foi separada das Trevas. Assim também somos nós, nascidos nas Trevas da ignorância. Mas fomos creados para evoluirmos, buscando a Luz. No Apócrifo de Tiago, Jesus diz: "Em verdade vos digo, é mais fácil uma pessoa pura cair na corrupção, que um homem iluminado cair na escuridão." No mesmo apócrifo lemos: "Por isso, confiai em mim, meus irmãos; compreendei o que a grande Luz representa." A Luz é o conhecimento que nos livra do mar da ignorância. Foi preciso adquirirmos discernimento para diferenciar o Bem do Mal. Percebemos a paternidade de Deus Altíssimo a medida que tiramos a venda de nossos olhos. Cristo é este conhecimento, o Logos feito carne. Ele nos deixou o caminho a ser trilhado, também ensinou como trilhar este caminho. A medida que crescemos em sabedoria torna-se mais fácil vermos o Pai Inefável no mundo creado por ele. Pois, segundo Cristo, o reino de Deus não está aqui ou acolá, mas sim dentro de nós. É preciso despertarmos para esta verdade. Não devemos viver almejando uma recompensa pelos nossos atos. Devemos, sim, viver de acordo com a consciência cósmica, da totalidade da alma universal da qual fazemos parte. É através dessa consciência desperta que nos identificamos com nossos semelhantes fraternalmente e reconhecemos a paternidade de Deus Pai, o Altíssimo. Só através da consciência crística (o Logos), do conhecimento (gnose), sairemos das Trevas para a Luz.