terça-feira, 7 de novembro de 2017

"Deem a Cesar o que pertence a Cesar, e deem a Deus o que pertence a Deus"

Estas palavras de Jesus, o Cristo, contém o mesmo teor de outra máxima: "Tu és pó, e ao pó da terra retornará" (Gênesis 3:19). Nada temos que, realmente, seja nosso. Viemos a este mundo nus, sem vestes e descalços. Até mesmo nossa vida é sopro do Pai. Todos os bens que ajuntamos, ouro ou prata, enferrujam, se desgastam, perdem valor. É matéria que um dia a Terra reclamará, e o mesmo acontecerá com nossa carne. Já o nosso espírito é imortal, porque é Deus, que em nós habita. E o que é Dele deve ser preservado, como algo que tomamos emprestado e deve ser devolvido intacto - "o pó retorne à terra, de onde veio, e o espírito volte a Deus, que o conscedeu" (Eclesiastes 12:7).
Sidarta Gautama e Salomão nos ensinam a mesma coisa: viver para juntar tesouros não nos torna melhor, só aumentam nosso sofrimento. Desde épocas remotas o homem se preocupa em ganhar, gastar e ganhar de novo. Usamos nossos semelhantes e até mesmo nossa "fé" como ponte para gozar de uma vida material. Usamos de nossos princípios "cristãos" quando jejuamos e não oferecemos a refeição, que acabamos de recusar, para o próximo que há dias não come. Hoje (e ontem) reclamamos dos preços, dos salários e do trabalho. O que dizer dos impostos? É certo pagarmos impostos tão alto? A resposta é: Não importa! O tempo é curto demais para nos preocuparmos com as coisas que pertencem a Cesar. Esse é o preço por se viver numa sociedade materialista, então pague-o. Hoje reclame-se do imposto, amanhã da gasolina, mês que vem do salário e sempre reclamaremos de tudo, de qualquer coisa, e nada disso importa (a não ser que atuemos de forma efetiva no cerne da solução desses problemas e não apenas vociferar insatisfação). Porque tudo isso, assim como nossa carne, é pó e passará. Porém as coisas de Deus, essas sim, merecem atenção o quanto antes. Nós somos embaixadores de Cristo e devemos fazer as obras do Pai. Temos sido trabalhadores inúteis, ajuntando aquilo que o vento se encarregará de espalhar. Devemos libertar nosso Espírito das coisas mundanas que interrompem a Luz de chegar até ele. O mal fortalece nossos desejos contaminando nossa alma. Estamos nesta vida de passagem. Existe uma outra que é eterna e verdadeira. Procure sempre o bem do próximo, pois esta é a obra que Cristo nos delegou: sermos servos da humanidade. Estar sempre disponível para quem precisa de nós. Amar ao próximo como a nós mesmos. Assim devolvemos a Deus o que a Ele pertence: Nossa vida!
Namaste!

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