terça-feira, 28 de agosto de 2018

Aquele que não sabe (ágnōstos)

É comum vermos pessoas incrédulas, insensíveis de espírito. Pessoas que há muito tempo, ou sempre, estão imersas no mundo material de tal forma que não enxergam outras paisagens. Estas costumam dizer:" Eu acredito na ciência" - Porém, não tem muito conhecimento nesta área também, pois saberia que os cientistas acreditam numa inteligência superior que arquitetou a existência (Newton e Einstein entre eles). Ateus repetem com peito cheio: "Darwin que está certo" - Sem saber que este, em sua Origens das Espécies nunca disse como tudo se originou, apenas como o que já (pré)existia evoluiu, de forma seleta, se adaptando. A ciência, embora desconfiada, não é incrédula. Hoje é conhecido todos os elementos que compõe o corpo humano, do carbono ao cálcio, do ferro ao colágeno. Mas o que torna essa massa alquímica viva? Como pode um aglomerado de elementos químicos (encontrados todos, vejam só, também na argila) ser também consciente? A vida é uma das coisas que a ciência não pode explicar. Quando os cientistas dizem que o universo foi criado do "acaso" eles também não erram, são os céticos que interpretam errado. Acaso é tudo aquilo que não segue um padrão (entropia), logo não pode ser medido, qualificado nem quantificado (por isso entropia = caos) a ciência precisa de padrão, repetição e, acima de tudo, eventos para análise. Ou, como foi o caso de atuação de Einstein, serão consideradas teorias (mesmo estas através de análise de eventos "prováveis"). A fé dispensa isso. Ela nos mostra a verdade, sem precisar de provas, e nos liberta da ignorância bidimensional (e tridimensional). O homem nomeou os 5 sentidos e deles ficou refém. O mundo se limitou ao que percebemos sensorialmente. Poucos enxergam um mundo intelectual (de realidades entrelaçadas, com buracos de minhoca e e filamento de cordas quânticas) e menos ainda saboreiam o mundo espiritual, que imerso em si mesmo vislumbra o mundo e conecta-se com este se tornando um com o cosmo. Pois o mundo é inerente a Deus, e a constatação deste óbvio nos torna capazes de sentir sua transcendência. O ateu (a = sem; Teu = Deus) não será capaz de quebrar esta barreira ao metafísico pois precisa de grande esforço e abertura ao novo, ao desconhecido. Os antigos (cristão primitivos) chamavam o conhecimento espiritual de Gnosis (conhecimento), uma mistura do místico, sincretismo religioso e especulação filosófica. Por isso muitos ateus se dizem Agnósticos (A = sem; Gnosis = conhecimento) e percebo que nenhum outro nome definiria melhor o ignorante (que em grego é ágnōstos = ignorante, aquele que não sabe). Assim, termino com uma frase de um sábio, chamado Bruce Lee:
"Aquele que não sabe, mas pensa que sabe, é um tolo. Evite-o"

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